Empresas participantes da Indústria Amiga Acreana recebem visita da equipe do Estado

Mauro Tavernard 18/12/2020 – 18h08min
A campanha Indústria Amiga Acreana foi criada em setembro com o intuito de conscientizar a população do estado sobre os benefícios proporcionados pela compra de produtos feitos no Acre. O governador Gladson Cameli e Anderson Abreu, titular da Secretaria de Estado de Indústria, Ciência e Tecnologia (Seict), apoiam a iniciativa, que foi oficialmente inaugurada em reunião no escritório de apoio de Cameli, junto de representantes do Sindicato das Indústria de Produtos Alimentares (Sinpal), composto por mais de 30 indústrias locais.

Com o estreitamento das relações e entendimento das necessidades do empresariado, além da divulgação da campanha nos meios de comunicação governamentais, Abreu, ao lado de Erisson Calixto, diretor da Seict, iniciaram hoje pela manhã o cronograma que prevê visitas em várias indústrias do estado, começando pelas empresas Miragina e Café Contri.

Miragina
Por volta das 8h30, a dupla entrou na sede do grupo Miragina, localizada na rua Aviário, em Rio Branco, sendo bem recebida pelos funcionários e pelo proprietário, José Luiz Felício. “Somos uma empresa familiar, e isso reflete na sintonia com os nossos funcionários. É comum ter pessoas aqui com mais de 20 anos de empresa, por valorizamos cada um deles”, afirma Felício, que conta com mais de 150 funcionários em três fábricas, produtoras de biscoito, macarrão, castanha e derivados.


Ele também é presidente da Sinpal, cargo que ocupa há quatro mandatos, e um dos principais articuladores da campanha Indústria Amiga Acreana ao lado das empresas filiadas ao sindicato. “O acreano precisa saber e conhecer mais os nossos produtos locais, o que é produzido no Acre e entender que, além de terem qualidade, ajuda nossa economia a girar. Todos saem ganhando com a compra desses produtos”, afirma ressaltando que na ação há várias empresas concorrentes, “mas é uma concorrência saudável, todos se ajudam visando o melhor para nosso estado”.

Secretário Anderson Abreu e diretor Erisson China, da Seict, visitam instalações da Miragina Foto: Mauro Tavernard/ Seict

Foram demonstradas para os representantes da Seict as etapas de produção do produto, desde a manufatura até o empacotamento. Durante o processo, foram oferecidos biscoitos do tipo “água e sal” literalmente saindo do forno, com temperatura quente e levemente tostados.


“Acho válido visitar as indústrias, saber das dificuldades, para facilitar na busca por soluções e encontrar a melhor maneira do estado poder agir. Principalmente agora, com essa campanha para o fortalecimento da indústria acreana, pretendemos (Seict) fazer esse tipo de encontro mais vezes. O estado apoia essa louvável iniciativa”, diz o secretário Anderson Abreu.

Visita contou com degustação do famoso biscoito Miragina Foto: Mauro Tavernard/Seict

Café Contri
Em seguida, Abreu e Calixto foram à sede da Café Contri, na Estrada de Porto Acre, também em Rio Branco, sendo recebidos pelos proprietários Adalberto Moreto e Luciana Mendonça. O aroma irresistível de café fresco era sentido logo na entrada da empresa. Fundada em 1987, ela atualmente gera 32 empregos diretos e 1,2 mil indiretos, comprando toda a safra de café produzida no estado do Acre, com preço acima do praticado no mercado para incentivar o produtor.


“Valorizar a indústria local incentiva a geração de emprego e renda, tirando muitos jovens da marginalidade. Se os acreanos abraçarem essa campanha, optando pelos itens feitos aqui em detrimentos dos de fora, esse dinheiro fica no estado do Acre, voltando para a própria população, seja de forma direta (geração de empregos) ou indireta (impostos)”, afirma Moreto, também conhecido como Beto.

Visita de representantes da Seict ao Café Contri Foto: Mauro Tavernard/Seict


Durante a visita ao maquinário, o casal mostrou como o café é produzido e as técnicas utilizadas na fabricação. A empresa possui uma torrefação com a mais moderna tecnologia, com capacidade de torrar 1,2 mil quilos de café por hora, fabricando cafés dos tipos tradicional, forte (marca Sarah), a vácuo, expresso (grãos) e em cápsulas.

Secretário Anderson Abreu acompanha as etapas de produção do Café Contri Foto: Mauro Tavernard/Seict