Mauro Tavernard 20/01/2021 – 11h28min
A Secretaria de Indústria, Ciência e Tecnologia (Seict), em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Secretaria de Estado de Produção e Agronegócio (Sepa), participa do projeto de construção da Casa de Embalagem de Bananas, situada na zona rural do município de Acrelândia. As obras se iniciaram em dezembro de 2020, com expectativa de conclusão para o fim de março.
As tratativas entre governo do Estado e produtores tiveram início em 2017, com o projeto sendo aprovado em 2018 junto ao Bird (Banco Mundial), por meio do Programa de Saneamento Ambiental e Inclusão Socioeconômica do Acre (Proser), em parceria com a associação de produtores rurais do Ramal Campo Novo-Apruracan. O termo de fomento entre as partes foi firmado em 2019.
A ação visa fortalecer a cadeia produtiva da banana na região de Acrelândia, contemplando diretamente cerca de 44 famílias e mais de 150 de forma indireta, num total quase 200 famílias beneficiadas. O valor do empreendimento, situado em terreno de um hectare, gira em torno de R$ 950 mil, sendo R$ 750 mil de investimento na obra e R$ 200 mil em equipamentos – trator, carreta e itens de informática.
“A Casa de Embalagem será uma importante fonte de geração de emprego e renda na região. Acrelândia sempre foi forte na produção de bananas, e boas iniciativas como essa serão bem-vindas e terão apoio do governo”, afirma o secretário Anderson Abreu, da Seict.
Para Erlailson Costa, engenheiro agronômo e coordenador do Proser na Seict, a Casa de Embalagem será uma importante aliada dos produtores para a exportação do produto. “Existe uma doença fúngica chamada sigatoka-negra, que acomete a banana e compromete a produção, impedindo o produtor de vender a mercadoria para outros estados de maneira mais ampla. Com o processo feito na Casa de Embalagem, isso será possível”.
O processo compreende desde a etapa do plantio até a embalagem, operando da seguinte forma: trazida pelo trator das áreas de plantio, a banana chega na Casa de Embalagem e é despencada, lavada, desinfectada (utilizando o processo de pulverização com fungicida), embalada (encaixotada) e guardada em câmaras frias, possibilitando uma maior durabilidade da mercadoria, evitando o desperdício. O principal produto que passará pelo beneficiamento será a banana da terra, também conhecida como banana comprida.
Obras da Casa de Embalagem estão em andamento. Foto: cedida.
A Casa de Embalagem contará com um responsável técnico (engenheiro agrônomo), cadastrado junto ao Idaf (Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal) para atestar a implantação do Sistema de Mitigação de Risco (SMR) para sigatoka-negra, conforme previsto na instrução normativa n° 17 de 31/05/2005 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
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